sexta-feira, 18 de março de 2016

Elo de ligação

Sou uma pessoa de hábitos enraizados. Gosto de rotinas, gosto da vida planificada. Não sou dada a surpresas, prefiro saber com o que conto e com aquilo que podem contar de mim. 

Não gosto, à partida, de coisas novas. E mesmo quando tomo a iniciativa de as adquirir, tenho sempre uma certa relutância em por de lado as velhas. Sou uma pessoa que consegue, por exemplo, passar anos a fio a tomar sempre, todos os santos dias, o mesmo pequeno-almoço. Sem problemas, sem enjoos, sem fartar. Hábitos.

Escrever é (ou era) também um hábito. Fi-lo durante 8 anos da minha vida, de forma constante, diária, presente. Não perdi o hábito, embora agora, a maioria dos meus post´s não cheguem aqui. Ficam no pensamento. Tornei-me em alguém que não consegue ainda olhar para o exterior, e que fica por isso, mais introspetiva, mais calada, mais contida. Uma forma de manter esta paz interior que lutei para conseguir.

Ler blogues é outro hábito. Leio-vos a vocês que por aqui passam, e a mais duas dúzias de blogues da mesma forma que o fazia há 8 anos atrás. 

Esqueçam as novas formas de subscrição, o envio de post´s num único e-mail diário, o blogger que permite seguir outros blogues. Esqueçam o chrome que esse também não me deixa fazer as coisas à minha maneira. Esqueçam tudo isso, eu sou de hábitos.

Eu seguia quem gostava à antiga, de forma enraizada, no meu i.e. 

Seguia-vos calada, é certo, mas estava lá, e nos meus post´s mentais tinha-vos dito isso mesmo. Que vocês, aqueles que eu seguia e gostava, faziam parte da minha vida. Espero que o saibam. Pelo menos hoje.

Só que agora veio o Windows 10. E não, não é nenhum bicho de 7 cabeças, se atualizarem não perdem ficheiros nenhuns, está tudo bem. Mas e a maneira com que vos seguia? Essa, meus amigos, tão antiga… agora foi-se de vez.

E com isto perdeu-se aqui um elo de ligação. Um dos poucos que tinha resistido às tempestades. E eu não quero resistir mais a fazer perdurar algo que já não faz sentido.

A vida continua, lá fora. Que a vossa vos sorria muito.

Em especial a ti Alice, tu sabes o meu e-mail, estarei lá sempre para ti. Sempre que precisares, sem motivos especiais, sem nada. Torço muito, mesmo muito por ti.
E a ti Mam´zelle e Bolachita, que a vossa boa disposição e humor perdurem no tempo.
A ti Dani, tu sabes, sempre soubeste.

E a ti, a minha tag "pessoal", aquela que me mareja os olhos de lágrimas. Sempre a ti. Sempre.